O CONTEÚDO DESSE POST CONTÉM SPOILERS.
Olá meninas!!
Vou começar esse post dizendo que o que estou escrevendo não é bem uma resenha sobre A culpa nas Estrelas, e sim uma reflexão sobre tantas questões mostradas no filme/livro.
Confesso que quando li o livro fiquei um pouco decepcionada com a forma que terminava e achei tudo muito trágico. Na hora pensei: Se uma pessoa que se encontra na mesma condição dos personagens ler o livro vai se sentir ainda mais triste, pois não há esperança, e eu acho isso errado, existe sim esperança, há possibilidades, tem que ter, sempre. Porém, ao assistir o filme (que é idêntico ao livro) eu chorei litros, achei a história linda, romântica, triste ao mesmo tempo, porém, lendo eu não tive essa sensação real dos acontecimentos e me fez pensar um pouco sobre alguns pontos que esfregam na nossa cara o quão fúteis e superficiais que somos.
São eles:
-A alegria, positividade, força e coragem de Augustus Waters, mesmo sabendo que iria morrer em breve, continuava a sorrir, brincar e proporcionar belos momentos a Hazel, pensando mais nela do que nele próprio. Quem de nós faria o mesmo?Quem pensaria mais no próximo do que em si mesmo? Ainda mais na condição de Augustus? Quem abriria mão do seu desejo para ver a felicidade do outro? É difícil ver isso fora de um filme bonito, as pessoas são individualistas, egoístas e só pensam no seu EU, na sua própria felicidade e DANEM-SE os outros. Não vejo ninguém fazendo isso, nem mesmo eu, e é isso que me incomoda. Todos os dias vemos pessoas resmungando e reclamando da vida e eu não estou fora disso, muitas vezes reclamo da vida sem me dar conta de quanto Deus tem sido bom comigo. Então, agradeça mais, reclame menos.
-O Amor verdadeiro de dois jovens que provavelmente não poderão vivê-lo até o fim por causa da doença, é lindo a forma como esse tema foi abordado, a sinceridade e a pureza. É tão lindo que eu fiquei me imaginando sem meu marido e como seria minha vida sem ele. Simplesmente eu lhes digo: não seria. É triste pensar que mesmo em filme ou livro, um amor tão bonito foi interrompido. Essa foi a parte mais "chata" pois eu tinha certeza que eles ficariam juntos :/ Chorei litros gente...
-O esquecimento... Augustus tinha medo de ser esquecido, ele queria ter feito algo importante que o tornasse herói e inesquecível para o mundo, sem se dar conta de que ele seria sim lembrado para todo sempre pelas pessoas que o amavam verdadeiramente. Foi nessa parte que refleti mais uma vez, não precisamos nem morrer para sermos esquecidos... nas horas difíceis, de derrota, você vai olhar para o lado e não verá ninguém além daqueles que realmente o ama e te quer bem, nesse caso, ter um ou dois amigos já é muito, pode acreditar. Me pego pensando, como essa vida é frágil né? Quem somos nós? Um grão de areia em meio ao infinito, seres tão pequenos e insignificantes com ar de superioridade, achando que é a melhor das espécies, seres evoluídos...será? É como dizem, não somos nada, do pó viemos e ao pó voltaremos.
- A perseverança de Hazel... Que menina corajosa e forte...apesar de seus pulmões não funcionarem e não conseguir nem ao menos ficar de pé por muito tempo, batalhou por aquilo que acreditava, atravessou o mar em busca de respostas, subiu escadas, sofreu, amou. O mundo precisa de mais pessoas assim, que acreditam profundamente em algo e vão atrás para consegui-lo.
Por fim, depois de assistir o filme a sensação que fiquei é de vazio. Vazio porque mais uma vez vejo que somos tão insignificantes, que tantas pessoas morrem todos os dias por doenças, acidentes, fome, guerras..tantas pessoas tem os sonhos interrompidos por motivos tão idiotas e nós continuamos aqui, na nossa casinha, de frente para a tv, jogando conversa fora ou simplesmente "curiando" a vida dos outros por aí. Me pergunto várias vezes, qual o verdadeiro sentido da vida? Qual a minha missão aqui? Será que estou fazendo a coisa certa?
Essa vida é mesmo cheia de perguntas sem respostas...
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