Oláááááá pessoas!!
Como vocês sabem
(ou não), estou cursando o 4º semestre de arquitetura e urbanismo, muitos disseram que este seria o divisor de águas, o mais difícil entre todos os semestres
(MAIS? ¬¬’), eu até pensei que era intriga da oposição, maaas, vejo que me enganei. rsrs
Acontece o seguinte (fica aqui uma crítica também ao ensino da Universidade Braz Cubas): Do primeiro até o terceiro semestre, nossos projetos eram “superficiais”, digamos assim. Pois, não era necessário pensar em normas, em estrutura e muito pouco no entorno. O principal era desenvolver a criatividade com projetos lúdicos, esculturais. Até ai tudo bem, maravilhoso.
Mas chega no quarto semestre, a professora me passa um projeto de um SESC em nossa cidade, que esteja dentro (impreterivelmente), dentro das normas NBR 9050, 9077, saneamento, etc etc etc etc. – Isso inclui, medidas mínimas dos locais, saída de emergência, escadas, rampas e afins dentro de padrões, acessibilidade, tamanhos de corredores, portas e janelas, localização de móveis, ergonomia e por aí vai…(Coisa que nunca precisamos analisar antes) – Depois, pede um relatório do entorno, com cerca de 20 itens e TODOS deverão estar ilustrados e com explicações. Ai você me fala, isso é obrigação de um arquiteto, tem que saber fazer essas coisas. SIM, concordo plenamente, mas então, porque eles não começam a passar esse conteúdo desde o primeiro período???
Eu vejo que 80% da sala está com dificuldades, inclusive eu. Esse tipo de conhecimento tem que ser desenvolvido desde o começo, para que a gente consiga se habituar às novidades, pois muita gente nunca teve contato com esse mundo da construção. Eu tive sorte de já ter feito o técnico de edificações antes, mas e quem não fez?
De qualquer forma, temos que desenvolver o projeto caso queira passar para a próxima etapa, então, para ajudar os novatos estou deixando algumas dicas sobre o que precisamos levar em consideração ao analisar o entorno de uma obra:
RELATÓRIO DO ENTORNO – SESC MOGI DAS CRUZES
1 – Topografia
Na topografia, colocamos as cotas de níveis do terreno. Muitas vezes essas informações estão no próprio site da prefeitura da cidade. Para o nosso trabalho, eu peguei no site da prefeitura de Mogi das Cruzes e depois redesenhei no corel para um acabamento melhor.
2 – Uso ( pintar mapa):
O uso do solo é feito através da coloração das quadras do entorno identificando o que é e para que é usado, como no exemplo acima. A única coisa, é que a professora pediu para que pintasse o prédio e não a quadra em si como fizemos. Então, atentem-se a esse detalhe
3 – Ocupação – Cheios e vazios
O mapa de cheios e vazios, nada mais é do que como o nome já diz, analisar os cheios (construções) e os vazios (sem construções), e para isso, basta entrar no Google maps, tirar um print da tela e depois redesenhar por cima no corel ou outro programa que permita essa edição.
4 – Gabarito de alturas( Tons azul):
O gabarito serve para identificarmos as alturas dos prédios vizinhos. Assim como na legenda, o azul escuro é para edificações com 6 andares ou mais, o azul médio de 3 a 5 andares e azul claro, térreo a 2 andares.
5 – Sistema Viário:
Amarelo = Vias locais / Laranja = Vias coletivas / Vermelho = Vias arteriais
6 – Recursos hídricos (Rios e Córregos)
Nessa etapa identificamos os rios e córregos do entorno, peguei o mapa no google, ajustei a cor para preto e branco e deixei em evidência apenas o que me interessava.
7 – Orientação solar, insolação e sombreamento
Identificar o Norte e fazer o trajeto do sol
8 – Padrão construtivo do entorno
Aqui, analisamos algumas fotos das construções do entorno e relatamos no nosso trabalho.
9 – Principais visuais na paisagem
Também relatamos os principais visuais que os usuários terão de dentro da edificação.
10 – Ventos dominantes
Essa parte eu sinceramente não sei onde achar com exatidão. Nós só conseguimos fazer porque a professora teve piedade e nos passou.
11 – Fontes de odores, aromas e ruídos
Uma análise de fontes de odores, aromas e ruídos também deve ser feita e se causarão algum impacto em nosso projeto. No nosso caso, o odor do Córrego dos Canudos não chega ao terreno, porém, os ruídos do trânsito é o que estará muito presente no Sesc.
12 – Características da classe social do entorno
Também é feito uma análise da classe social do entorno através da observação das obras do entorno.
13 – Equipamento públicos
Aqui, nada mais é do que identificar os locais públicos, como por exemplo, Estações rodoviárias e de trem, Shopping, escolas, ginásio de esportes, praças, etc.
14 – Mobiliário urbano
Não acaba mais né? Rsrs
No mobiliário urbano sinalizamos a existência de pontos de ônibus, lixeiras, bancos, etc.
15 – Infra estrutura básica
Determinar se há estrutura básica ou não, como luz elétrica, água e esgoto, asfalto, etc.
16 – Acessibilidade
Sinalizar faixas de pedestres e demais itens acessíveis.
17 – Mobilidade Urbana
Especificar e identificar linhas e pontos de ônibus do entorno.
18 – Massa arbórea
E por fim, identificar grandes massas arbóreas (no nosso caso, a Serra do Itapeti), em verde escuro e pequenos locais, como praças e jardins urbanos em verde claro.
UFA! Esse post ficou imenso mas acho que vai ajudar algumas dúvidas para quem vai precisar elaborar um projeto assim!
Então é isso pessoal, espero que tenha ajudado!
Grande abraço,
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