quarta-feira, 12 de abril de 2017

Primeiro trabalho do sexto semestre de arquitetura!

Olá futuros arquitetos!!! :)

Hoje venho contar um pouco sobre nosso primeiro trabalho do 6º semestre de arquitetura na Universidade Braz Cubas (FAUUBC). 
Bom, na disciplina de Projeto Integrador e Arquitetônico, fizemos um estudo de caso sobre unidades de habitação do mundo inteiro. Nosso tema foi a Unidade de Habitação de Marseillé cujo autor da obra foi o arquiteto Le Corbusier (grande arquiteto francês considerado o "pai" da arquitetura moderna). 




Após o fim da segunda guerra mundial, a Europa ficou devastada e com isso grandes planos urbanos foram necessários para amortizar tantos danos.  As unidades de habitação são grandes edifícios modulares, originados de um programa de reconstrução do governo francês. A primeira unidade implantada, e a mais   famosa delas foi a unidade de Marselha, da qual também ficou conhecido como Cité Radieuse (cidade radiosa), visto que procurava recuperar em um edifício monumental e dinâmico a vida urbana.

A realização da unidade de habitação Marselha tinha como conceito o foco na vida comunitária de todos os moradores, Le Corbusier imaginou uma “cidade jardim vertical”, onde é possível habitar, divertir-se, viver e socializar. Nela podemos encontrar reproduções de vários elementos que compõe uma cidade, como uma rua central que dá acesso a uma área comercial criada para os próprios moradores dando a eles acesso a correio, açougue, lavanderia, peixaria, banca de jornal, cabeleleiro, pequeno hotel para abrigar eventualmente hospedes dos moradores etc.. E na cobertura foram criados creches e espaço de lazer, com piscinas, ginásio e etc.
Hoje em dia a unidade de habitação conserva seu uso original, com exceção dos quartos de hospedes que se tornaram um hotel chamado “le corbusier” em homenagem ao arquiteto.



A implantação que não seguiu o desenho da avenida principal e sim a orientação solar, o que resultou numa construção que tem uma organização para o aproveitamento dos recursos naturais como ventilação e iluminação.


Fonte:  PLANTAS E CORTES DO EDIFÍCIO MARSELHA  (Fonte: Livro Conjunto Habitacionais do século XX)
A tipologia dos apartamentos dispõem-se de maneira interessante com o objetivo de trazer mais moradias para muitas pessoas que ficaram desalojadas devido a guerra mundial. Este projeto trouxe consigo um sistema duplex que permitiu minimizar a utilização da circulação comum, ganhando maior espaço dentro de cada apartamento, eles são estreitos para que possam  ter acesso a luz natural, além, de possuir pé direito duplo que auxilia na ventilação e iluminação do mesmo. Os apartamentos são interconectados em pares, ao redor de um corredor de acesso central, foi projetado para atender famílias de 1 a 8 pessoas, apesar de pequenos, com 98m² e com 3,66m de largura, os aptos atravessam completamente o bloco, a variação nos tipos das unidades incluem: apartamentos de 2 dormitórios e apartamentos quitinetes (único sem pé direito duplo na sala de estar), na época a dotação de calefação central, ar condicionado parcial, dutos de lixo e geladeira em todas as cozinhas elevou o padrão de serviços.

PROJETO: PLANTA BAIXA E CORTE MODELO DOS APARTAMENTOS (Fonte: Le Corbusier 1910 – 1965 – p.145)

O modulor foi, pois, concebido como um instrumento regulador de medidas da escala humana universalmente aplicável. Possuía duas escalas interrelacionadas, as séries azul e vermelha, cujas medidas governavam o dimensionamento de todos os artefatos interiores e mesmo exteriores do edifício. 
Em todo o projeto le corbusier aplicou seus estudos sobre modulor, criação onde teve muita importância nos períodos pós guerra, pois havia uma grande necessidade de abrigar um considerável numero de pessoas, e esse sistema possibilitou a construção de grandes blocos habitacionais, onde todos os espaços foram pensados e projetados dentro das proporções humanas, projetou não somente o edifício mas também todos os elementos internos do mesmo, considerando sempre a idéia da maquina de morar, onde a funcionalidade e o conforto ambiental são prioridades.

O edifício é composto por 18 pavimentos com 337 apartamentos de 23 tipos, com seu sistema de acesso engenhoso, que utiliza corredores apenas nos andares 2, 5, 7, 8, 10, 13 e 16.
Os equipamentos de uso comum incluem lavanderias com máquinas de lavar elétricas, uma creche, um jardim de infância e um restaurante, e invés de dormitórios para hóspedes nos apartamentos, o bloco dispõe de um hotel com 18 apartamentos.

COBERTURA. (Fonte: Site Vitruvius )

O terraço tratado com paisagismo tem parque infantil e piscina para crianças, uma pista de corrida e uma academia de ginástica ao ar livre, além de vistas espetaculares. Há também lojas, uma enfermaria, uma farmácia e um bar dentro do bloco.
Os apartamentos para famílias de 4 pessoas tem em média 98m², com apenas 3,66m de largura, os apartamentos atravessam completamente o bloco e tem varandas em ambos os lados. O apartamento individual surge na sobra do jogo de volumes feito pelos mezaninos nos apartamentos, e tem cerca de 35m².


Sistema construtivo
A forma do edifício assemelha-se a um navio a vapor, no estilo brutalista com o uso de concreto aparente e elementos, é composto por dois sistemas construtivos diferentes, a macro estrutura do edifício é formada por vigas e pilares e concreto armado em in loco formando uma grelha estrutural conectado ao solo por pilotis, formado por componentes pré-fabricados como brises de concreto que ajudam a conter a insolação. O prédio sustenta-se em cima de pilotis que nascem no térreo recuados em relação à fachada.
Estavam presentes em seu projeto as principais diretrizes modernistas, o conjunto segue os 5 pontos da arquitetura de le corbusier, que são os pilotis no térreo, janelas em fitas, terraço jardim, planta livre e fachada livre.
Ventilação e insolação
Uso de um sistema de distribuição do ar por meio de dutos de entrada e saída, brise solei na sacada para proteger da luz, do calor , e permite a ventilação cruzada

 Os balcões com brises-solei geram espaços de estar externos em ambos os lados. Originalmente o edifício apresentava um andar intermediário com pé-direito duplo, com lojas e serviços; os pavimentos de cobertura são comunitários e ocupados por muitos equipamentos de lazer e saúde.

Esse trabalho foi elaborado em grupo, com minhas amigas e parceiras de faculdade <3 Gostaria de aproveitar e convidar vocês a conhecer o INSPIRARCH, um projeto nosso que hoje é uma página para compartilhar nossas experiências enquanto estudantes e no futuro se tudo der certo, será nosso escritório :)

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Equipe:
CAMILA  FERREIRA
FRANCESLY GONÇALVES
GABRIELA ALMEIDA
ISABELLE GONÇALVES
MIRIAM   KAMAZAKI
SUE ELLEN  GOMES
THAIS SANTANA




Bom, acho que é isso pessoal!
Espero que tenha ajudado :D


Miriam Kamazaki




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