segunda-feira, 31 de outubro de 2016

Visita ao Vale do Anhangabau

Oláááááá arquitetos!!!

Hoje venho relatar nossa aula externa ao Vale do Anhangabaú junto com a professora e paisagista Miriam Escobar. O intuito dessa visita foi conhecer um pouco da história do centro de SP, além de registrar algumas paisagens urbanas nos incentivando a exercitar o traço e ainda, desenvolvermos um trabalho ao longo do semestre. UFA! Não é pouca coisa não... essa vida de estudante não é fácil! rsrs

Bom, a aula se inicia em frente ao majestoso Teatro Municipal do Anhangabaú. Simplesmente lindo, com esculturas mitológicas espalhadas pela sua fachada no estilo neoclássico e que representa a grandiosidade da arte, seja ela cantada ou escrita *-*




E é claro que não podia faltar foto da mulherada reunida... kkk


E uma minha é claro... rsrs

Depois seguimos para a praça Ramos de Azevedo onde além de conhecer, fizemos nosso primeiro Sketche do dia :D



A crença local diz que se segurar a mão dessa estátua a pessoa terá muita sorte na vida, por isso um desgaste maior nessa região.

Escultura da Glória (cantora lírica que cantava no teatro) cercada por cavalos alados, figuras da mitologia grega.


Um patrimônio lindo porém abandonado e tomado pelos moradores de rua. :/ 

As esculturas expostas na praça Ramos de Azevedo é um presente do escultor italiano Luiz Brizzolara. A fonte inspirada na Fonte de Desejos de Roma, é uma homenagem da comunidade italiana ao Centenário da Independência do Brasil. Já havia uma fonte no local desde a inauguração do Teatro Municipal e da praça Ramos de Azevedo em 1911. Em 1922, Luiz Brizzolara dá à fonte sua forma atual, incluindo o Monumento a Carlos Gomes e acrescentando ao conjunto 12 esculturas, em mármore, bronze e granito, representando a música, a poesia e alguns dos personagens das óperas mais famosas de Carlos Gomes.






Depois, seguimos para a grande praça do Vale do Anhangabaú que é um projeto de revitalização (proposta vencedorora do concurso promovido pela prefeitura de SP - Co-autores da Arq. Rosa Kliass e Arquiteto Jamil Fouri), o projeto proporcionou a reconquista dos pedestres, a ligação das rodoviárias norte-sul, acesso às estações de metrô, além, de criar um espaço público agradável.



Descrição: Planta detalhada do Vale do Anhangabaú – Acervo Quapá Coleção:Quapá Autor da Imagem:MACEDO, Silvio Autor da Obra: JAMIL K.KFOURI, Rosa g. Kliass Jorge Wilheim (Imagem retirada do site ARQUIGRAFIA)

Depois, seguimos para o Centro Cultural dos Correios, um edifício lindo e bem preservado, é uma mistura do antigo com o presente... Vamos dar uma olhada nas fotos:




     E por último, mas não menos importante, visitamos a Praça das Artes,  que é um complexo cultural dedicado à música, dança,  ao teatro e exposições. Criada como extensão das atividades do Theatro Municipal suas características arquitetônicas indicam que sua vocação vai além da música e dança eruditas. Em contraponto à arquitetura e tradição do Theatro, a Praça conecta-se à cidade e busca apresentar, principalmente, iniciativas contemporâneas nas artes. O espaço escolhido para a construção da Praça das Artes foi um terreno em forma de ‘T’, que liga a Rua Conselheiro Crispiniano à Avenida São João e o Vale do Anhangabaú. O objetivo era criar um espaço que contornasse o antigo prédio tombado do Conservatório Dramático e Musical de São Paulo e se apresentasse de forma mista como edifício e praça. A Praça das Artes é parte da revitalização cultural do centro histórico de São Paulo e resultado de uma parceria entre o arquiteto Marcos Cartum, do Núcleo de Projetos de Equipamentos Culturais da Secretaria da Cultura, e o escritório paulistano Brasil Arquitetura, de Francisco Fanucci e Marcelo Ferraz. A primeira parte do complexo foi inaugurada em dezembro de 2012 em uma área de 29 mil m² e passou a ser ocupado em 2013.






UFA! Este post ficou gigante e ainda tem mais... mas vou deixar para a próxima! rsrs

Um grande abraço, até mais!

Miriam Kamazaki



quinta-feira, 27 de outubro de 2016

Continuação da 2ª Etapa - Levantamentos e análises do entorno


Olá arquitetos!!

Hoje venho contar ainda sobre a 2ª etapa (Conhecer) onde fizemos vários levantamentos e concluímos com uma apresentação demonstrando nossos resultados!
Após a visita ao local de intervenção, começamos a finalizar nossos mapas de estudos e depois, elaborar as análises e conclusões.


Neste primeiro mapa de gabaritos, temos as alturas dos edifícios do entorno imediato. Analisando a imagem, podemos ver claramente que a predominância são de prédios/casas de 2 a 4 pavimentos. Ou seja, um gabarito baixo para a região.

Já neste mapa, vemos as arborizações nas ruas do entorno e as massas arbóreas (praças e grandes aglomerados de vegetação) existentes. Apesar de ruas arborizadas precisamos elevar o nível de vegetação no entorno para melhorar a qualidade de vida dos habitantes.


No mapa de sistema viários, podemos ver que a via de maior importância é a Heitor Penteado que é responsável pelo grande fluxo de veículos além de ser o principal acesso a área de intervenção. Já nas cores laranja e amarelo, temos as vias coletoras e locais respectivamente.

Aqui temos o mapa de Uso e Ocupação do solo, percebemos uma grande massa residencial (amarelo) e os comércios e serviços distribuídos pontualmente em torno da avenida principal. 


Temos o mapa de acessibilidade que nos mostra as faixas de pedestres e as guias rebaixadas na região. É possível ver que os pontos de acessibilidade são poucos em relação com o tamanho da área e da necessidades dos usuários.

E por último temos o mapa de zoneamento. A área de intervenção pertence ao ZEU (Zona Eixo de Estruturação da Transformação Urbana). Abaixo temos a tabela com os índices que estamos usando para o desenvolvimento do nosso trabalho.

Bom, depois de toooooodos esses mapas, precisamos analisá-los para direcionarmos o nosso projeto, para isso, desenvolvemos diagramas para facilitar o entendimento de todo o conteúdo levantado até então, para só depois, chegarmos a algumas conclusões. Bom, através dos levantamentos realizados podemos observar que:
  1. A maior parte da região possui gabarito de até 2 pavimentos.
  2. Temos bastante arborização nas vias locais, porém poucas massas arbóreas e na Av. principal a arborização quase não existe. Ou seja, é uma região que apesar de ter uma certa quantidade de arvores, ainda possui deficiência quando se fala do índice de arborização por pessoa, que fica em torno de 12m².
  3. A vis principal, ou seja, de maior fluxo e importância é sem dúvidas a Heitor Penteado que possui algumas vias que coletoras que distribuem esse fluxo para os bairros.
  4. Já no uso e ocupação do solo, temos em sua maioria residências e em torno da avenida principal concentram-se os comércios e serviços que são voltados para postos de gasolina, mecânicas, auto elétricas, algumas farmácias, etc.
  5. Existem algumas faixas de pedestres e pouquíssimas guias rebaixadas, o que dificulta na locomoção de pessoas que precisam de tais elementos.
  6. O local pertence ao ZEU, Zona de Eixo de Estruturação e Transformação Urbana, o que quer dizer que é uma região em transformação, que tem alta capacidade de crescimento urbano e com o novo C.A. que é de 4 (pode crescer 4x o lote), torna-se também uma área de grande especulação mobiliária. Então, como vimos no mapa de gabarito, os lotes que possuem até 2 pavimentos, tem capacidade para crescer muito mais e se pensarmos no futuro, essa área terá um maior adensamento, um grande desenvolvimento urbano, etc.

Ahh, não podemos esquecer da maquete que fizemos, para demonstrar os gabaritos atuais (em branco) e os potenciais (em amarelo). Tenho que comentar que essa maquete deu um mega trabalho! rsrs Mas no final, valeu muito a pena!

Olhem só os bastidores desse trabalhão, o grupo ARQFLY fazendo bagunça na faculdade... rsrs





E para finalizar, uma foto do grupo todo feliz de ter acabado mais uma etapa!! rsrs




Então é isso pessoal, aguardem os novos posts aqui no blog!!!

Miriam Kamazaki

terça-feira, 25 de outubro de 2016

Porque relembrar é viver - Casa Cubo 6x6x6

Olá pessoas!!! Resolvi re-publicar um post muito famoso aqui no blog para quem sabe poder ajudar mais alunos de arquitetura, visto que nosso projeto serviu de inspiração para muitas pessoas <3


Vamos relembrar então, nosso projeto final do primeiro semestre *---* QUE FOFO gente! haha

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Enfim férias minha gente!!! :D

E pra finalizar o semestre com chave de ouro, eis a nossa última maquete: Uma casa cubo de 6x6x6.

Tenho que começar esse post agradecendo IMENSAMENTE a DEUS por ter me dado tanta força nesse primeiro semestre, por estar ao meu lado, por me trazer a razão toda vez que eu a perdia e principalmente por me dar essa oportunidade de realizar o meu sonho!

A faculdade de Arquitetura tem me trazido muitos aprendizados em todos os sentidos e mais uma vez eu só tenho a agradecer, aos meus colegas de classe, ao meu grupo, aos professores, a minha família, ao meu marido e a todos de contribuíram de alguma forma.

E voltando ao assunto principal do post, seguem algumas fotos da nossa maquete :






Nós optamos por manter a forma pura do cubo acrescentando aberturas diferenciadas. O envolvimento com o entorno foi o nosso ponto de partida. Assim, o casal poderia observar a natureza e interagir com ela através da observação, meditação e inspiração.


E aqui uma foto da equipe (Sue Ellen, Miriam, Isabelle e Thais)! Meninas, obrigada! Com vocês eu aprendi que trabalhar em grupo pode ser muito bom e trazer bons frutos, nós nos dedicamos, nos doamos e ai está o resultado: Um trabalho lindo, feito com muito amor e carinho!

E é isso, ENFIM FÉRIAS e que venha o próximo semestre!!! :D

assinaturami1

sexta-feira, 21 de outubro de 2016

Projeto de paisagismo Universidade Braz Cubas

Olá pessoas!!!

Hoje venho contar um pouquinho sobre o projeto de paisagismo da Universidade Braz Cubas, local em que estudo. 
Em comemoração ao dia da árvore e em parceria com os alunos do quinto semestre de Arquitetura e Urbanismo, a faculdade resolveu plantar 50 mudas de árvores nativas da mata atlântica dentro do campus da UBC.
Uma iniciativa muito legal e que gostei bastante, mesmo sabendo que seria um grande desafio para todos nós :D

Pois bem, o projeto já está em andamento e algumas mudas já foram plantadas. Durante o processo surgiu a ideia de irmos além das plantas, e quem sabe implantar alguns parklets, centros de convivência, enfim, melhorar a integração dos alunos e modernizar nossa faculdade :D

O mais legal de tudo isso é que daqui uns anos, vamos passar por ali e saber que foi nosso primeiro projeto paisagístico *-*
Ahhh, estamos tão importantes que saiu uma nota no diário de Mogi, CLICA AQUI pra ver a matéria completa <3

Bom, como não posso postar a planta do projeto aqui, vou deixar minhas propostas para os Parklets que em breve serão implantados na Faculdade (quem quer saber mais sobre parklets, clica aqui).

A ideia é espalhar parklets pela faculdade que sejam feitos de materiais recicláveis e de fácil manuseio que os próprios alunos possam montar.


 Totalmente de pallets e algumas "caixas de feira", podemos montar o modelo acima, todos presos plaquinhas de metal e parafusos, como no detalhe abaixo.



Acima, temos a elevação  e a planta baixa do Parklet. É uma ideia simples e barata que vai proporcionar momentos de integração entre seus usuários, ainda mais no local que será implantada, no caso, seria perto das "barraquinhas" de lanches que temos em frente a entrada da faculdade. As pessoas poderão sentar-se confortavelmente num local agradável enquanto comem, estudam ou conversam com outras pessoas! 

Então é isso pessoal, espero que tenham gostado!
Deixe sua opinião nos comentários :D

quarta-feira, 19 de outubro de 2016

Estudo de Caso - Complexo Multifuncional SIA Brasília

Olá futuros arquitetos!!!

Hoje vamos contar um pouquinho sobre nosso estudo de caso, um projeto incrível que ganhou nossos corações, não só pela beleza, mas pela proposta, pelas soluções adotadas, etc.

O projeto escolhido foi o SIA Brasília do escritório FGMF Arquitetos. 

Ficha Técnica

ArquitetosFGMF - Forte, Gimenes e Marcondes Ferraz Arquitetos
Ano: 2011
Área construída: 85000 m²
Área do terreno: 37000 m²
Tipo de projeto: Comercial
StatusProjeto
Características Especiais: Sustentável
Materialidade: Metal e Vidro
Estrutura: Concreto 

Localizado em Brasília/DF, com o propósito de criar uma referência em arquitetura além de um destino novo para a cidade, o Complexo Multiuso SIA em Brasília do Escritório FGMF Arquitetos, agrega 3 diferentes usos - varejo, lajes corporativas e escritórios modulares – Criando um marco na paisagem, valorizando o entorno e estabelecendo um novo destino comercial.
                  Com desenho arrojado, enfatiza os espaços abertos públicos e privados, que são um dos principais elementos estruturadores da proposta arquitetônica. Desta forma, delineia-se como um espaço atraente e sedutor aberto para a via local e isolado do barulho da via expressa, capaz de atrair os pedestres e motoristas a conhecer a bela praça abraçada por um edifício que serpenteia ao seu redor. Ao mesmo tempo, um sistema gradual de permeabilidade em torno de lojas e espaços de estar,  tira proveito de um importante fluxo de pedestres, atualmente concentrado na passagem em servidão que liga a passarela e os pontos de ônibus da via expressa às atividades da via local, e o potencializa.
                  Além da permeabilidade desejada e da configuração de uma praça central, a compreensão das três tipologias de uso, aliadas à interpretação da legislação local, é um fator determinante da geometria do edifício. Ao invés de segregá-las em torres estanques, é justamente na sobreposição de ‘camadas’ de características diferentes que se forma a coesão desejada para o complexo


                      Implantado em um lote de 32.000 m², é composto por camadas de usos diferentes que são aliados a legislação local. O pavimento térreo (semi-enterrado) busca uma relação com os espaços da praça, o pavimento é destinado ao comércio (varejo) e se integra com os locais de passagem e permanência que são cercados por cafés, lojas, sorveterias e restaurantes. O espaço também distribui lojas populares de fácil acesso próximo ao acesso de pedestres onde se localizam os pontos de ônibus e lojas mais privativas que ficam mais ao interior do complexo próximo a praça de alimentação mais utilizada pelos escritórios que compões a obra.
Seis portarias integradas as praças e as lojas dão acesso controlado aos elevadores que levam aos escritórios.
                Sua implantação consegue ao mesmo tempo abrir-se às vias locais, mas isolando-se do barulho da via expressa, criando também um corredor de circulação para quem se desloca do transporte público para as vias locais.




          O projeto do Edifício Multi-Uso SIA - FGMF Arquitetos contempla estrutura de concreto em conjunto a patamares, mezaninos, pilotis criando uma grande diversidade espacial com os usos do edifício. Aplicando conjuntos modulares de diferentes tamanhos, que permitem acomodar nos andares uma única empresa ou profissionais de diferentes características conforme a necessidade. E embora tenha uma linguagem de continuidade, os edifícios de escritório foram concebidos com certa independência, de forma a permitir a construção em etapas e lançamento faseado, caso necessário
Sua materialidade composta de metálica e vidro em grande destaque nas fachadas permitem a visibilidade tanto de pedestres, como de pessoas que utilizem os espaços de escritório tendo uma visão do entorno.Este marcado por áreas verdes e de convivência com decks e paisagismo, além de alternativas que visem uma melhora na qualidade energética do edifício e conceitos de sustentabilidade como espelhos d´água, gestão da água, conforto hidrotérmico e relação com a cidade.
Conceitos Sustentáveis evidentes:

  •           Brise-soleil metálico que envelopa as lâminas de escritórios quando necessário;
  •        Os espelhos d’água que resfriam e umidificam passivamente o ar seco de Brasília através de sua evaporação natural;
  •      A vegetação de vários níveis, que garantem uma menor amplitude térmica, além de uma paisagem mais agradável e um melhor isolamento térmico das lajes de cobertura;
  •       A implantação que aproveita a disponibilidade de transporte público e presenteia a cidade com um espaço generoso para todos.

E há também os elementos menos evidentes, que farão parte de análise mais detalhada ao longo do desenvolvimento do projeto, como sistemas integrados e materiais de maior desempenho: vaporizadores de água e turbinas de ventilação prevista sobre os jardins suspensos, sistemas de isolamento térmico, materiais recicláveis ou sistemas complementares de energia renovável são exemplos possíveis.

Abaixo, deixo as nossas pranchas de apresentação.


Então é isso, espero que tenham gostado. Aguardem a continuação do projeto!

Miriam Kamazaki